Jornalista: Fabrício Bernardes
Veículo: IstoÉ Dinheiro
O ano ainda não acabou, mas tão cedo não será esquecido pelo setor farmacêutico nacional. Nunca se venderam tantos medicamentos como atualmente no País – foram comercializados 765 milhões de caixas somente na primeira metade deste ano, 5,5% a mais que no mesmo período de 2013. O envelhecimento da população e o incremento na renda da família brasileira criaram as condições ideais para o setor, cujo faturamento deve passar dos R$ 57 bilhões registrados no ano passado pela Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) para pelo menos R$ 60 bilhões.
Embora o mercado farmacêutico seja próspero, ele tem como principais características a concentração e a concorrência. Afinal, é comum que os grandes players dessa indústria demorem anos para desenvolver novos produtos — e, junto à inovação, estejam condicionados bilhões de reais em pesquisas. É notável, portanto, que uma empresa familiar e de médio porte, como a paulista Apsen Farmacêutica, cujo faturamento chegou a R$ 397 milhões no ano passado, esteja competindo em pé de igualdade com gigantes do mercado. Pelo segundo ano, a empresa foi a vencedora do ranking setorial desta edição de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET.
De acordo com Renata Spinelli, presidente da Apsen, a estratégia para ser relevante no meio de gigantes globais é a inovação. Enquanto outras farmacêuticas fazem fortuna com a venda de genéricos e analgésicos populares, a empresa só trabalha em sintonia com os médicos. “Só fabricamos medicamentos que têm prescrição e que vão, de fato, mudar a vida do consumidor”, diz Renata. Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu 80% e estabeleceu uma meta arrojada para 2020. “Esperamos triplicar nosso faturamento e chegar a R$ 1 bilhão”, afirma.
Disponível em: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20141031/quimica-inovacao/204527.shtml
Acesso em 03/11/2014, às 10:30.